e já não durmo...
Não quero,
porque sou atemporal e aludida
na manifestação dos dias que não vejo
e clara nas noites que guardo.
Desfaço um nó da pedra que piso
no concreto ensolarado
onde engulo cinzas
com um copo de água fria
e te esqueço...
Me ocupo agora
do que não se preenche
Insatisfeita
pelo que não se apaga...
Mergulho um pedaço de pão
no leite morno do tempo,
do que sobra da minha ânsia,
respiro o teu movimento,
Lavo as minhas mãos
com a tua aliança ...
Sou vaga
extremamente vaga
distante e complexa
com meu naufrágio.
Quando tudo em mim se aliena
recupero minha sentença
com um susto admirado...
O destino é o culpado
por colocar o meu rumo
num espelho aberto.
Agora quando olho para a vida
vejo a ocultar-me
dentro dela...
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